30.9.12

Uma fábula africana



Numa manhã de inverno, quando o sol começava a esquentar a areia fria do deserto, uma zebra aproximou-se do poço expulsando a avestruz que lá estava. A ave pôs-se a brandir as asas, maldizendo a lei da selva:
- Entre os animais, a hierarquia da força jamais é contestada. A vez é sempre dos mais fortes. Houvesse uma repartição justa do poder e tudo seria diferente.
A zebra deu risada:
- Sai pra lá, avestruz sabichona.
Um leão que passava por ali foi chegando e expulsou a zebra.
- Droga! – ela reclamou – Fosse a selva uma república e o império do rei da floresta já teria terminado.
- Olha que eu te mando pra guilhotina – disse o leão, debruçando-se sobre o poço.
Nisso chegou o rinoceronte negro e pôs o leão pra correr.
- Maldita lei da selva – resmungou o rei desenxabido – houvesse aqui mais respeito pelas tradições e meu reinado não seria contestado.
O rinoceronte riu da cara dele, mas teve que dar lugar ao elefante. Mais forte que o elefante não havia ninguém.
Uma galinha-d’angola que chegou, passou por entre as pernas do elefante e bebeu água à vontade.
Moral da história: na lei da selva, mais vale charme e simpatia do que da força a hierarquia.


Que tal conhecer? Clique.

28.9.12

Trupe Maria Farinha: Histórias pra deitar e rolar


Os olhos da gente ficam congelados, mas o coração se aquece. Às vezes, ele também dispara; até parece bateria de escola de samba. Dá frio na barriga, nó na garganta e, no momento seguinte, vontade de soltar aquela gargalhada. Sabe o que é isso?
É a magia da narração de histórias.

Aqui mesmo no blog, milhões de anos atrás, prometi falar um pouquinho sobre a Trupe Maria Farinha. Esse dia chegou! Tcham-tcham-tcham-tcham!
Muitos posts mais tarde, venho cumprir a promessa (He-he!).


A Trupe passa, a alegria fica

A Trupe Maria Farinha é um projeto que reúne poesia, teatro, trovas, canções, acalantos, sons, brinquedos e literatura. O eixo norteador é a vivência e a compreensão da arte, por meio de uma perspectiva crítico-social, do processo de criação e da difusão artística. Complexo, não? Que nada! Basta se sentar e curtir uma bela história.




Vou ser bem sincero porque não tenho papas na língua: é fenomenástico (mistura de fenomenal com fantástico) o que Sandra Bittencourt e Babu Xavier aprontam em cena. Ela é atriz, pedagoga e especialista em ensino especial, arte-educação e literatura infantil e juvenil. 

Ele, um mago dos efeitos sonoros e das melodias.

Sandra Franco Bittencourt
Babu Xavier

Babu utiliza instrumentos como pandeiro, triângulo, berimbau, tambor do maranhão, tambor falante, didgeridoo, djembê, pau de chuva e kalimba.


Olha eu aí, com o Babu e a Sandrinha

Se algum dia tiver a oportunidade de conferir pessoalmente o espetáculo da Trupe Maria Farinha, verá que não estou mentindo. 
Enquanto isso, que tal curtir a página deles no Facebook? Clique.

17.9.12

Escuridão, ponto final.


Rei do coração gigante,
quem sabe se a gente te tocar...

pedro antônio de oliveira

Amar, amor


Ai de quem é um e nunca será dois.

"pra eu parar de me doer" milton nascimento

10.9.12

Brilhante


Pro céu não desabar
Escondo sua estrela no bolso
E me apresso a voltar logo
Pra colocar no vazio da noite
Um belo sorriso seu.

pedro antônio de oliveira

Contradança


Me leve para dançar
Eu sou leve
Tão leve...
Nem me importo de errar.
Quando tropeço
É quando mais aprendo
E me rendo
Ao seu olhar.

pedro antônio de oliveira

Como farol


As palavras nasceram para iluminar.
Mas que pesar
Quando algumas são usadas 
Fora de lugar!

pedro antônio de oliveira