30.12.14

Vai dar tudo certo! Feliz 2015!



Desejo que, em 2015, você tenha muita vontade de ser feliz. E que essa esperança lhe dê coragem para superar os medos, as limitações e todo tipo de dificuldade que impede a gente de sair do lugar de conforto, às vezes sem graça e mortífero. Escolha o seu voo, não o mais alto, mas aquele feito para você. Faça planos e vá em frente. Aproveite essa energia da mudança que move o mundo e o coração das pessoas. Que sua força interior liberte você da rotina, do óbvio. Que você esqueça o revanchismo e olhe as pessoas com ternura, mesmo aquelas que se machucam tanto. A ignorância é uma nuvem cinzenta pairando sobre a mente da humanidade. Mas o sol que existe em suas palavras, em seus atos, é capaz de dissipar o que não é bom em tudo. Que você tenha paciência, não perca o foco dos seus objetivos e dê o primeiro passo para o sucesso. Que os perigos passem raspando por sua cabeça, sem alcançar um fio de seus cabelos. Que você se divirta, que você viaje, que você tenha saúde, que você tenha dinheiro na medida certa para não se confundir e achar que felicidade é aquilo que se pode comprar, pegar, ver. A alegria precisa existir dentro de você, é o que você sente aí dentro. É a paz. É a vontade de estar vivo e aproveitar a vida que Deus lhe deu. Beije as pessoas que você ama. Abrace. Diga a elas o quanto são importantes. Não perca o tempo. Está tudo passando, voando na velocidade de um cometa. Agora é a sua vez. Abra os braços e agarre o futuro que acontece hoje. 

Obrigado por me dar um pouquinho de sua atenção, visitando a Torre Mágica. 
Um beijo, um abraço e um sonho lindo!

pedro antônio de oliveira 

20.12.14

Perfeito amor


Ah, se você me desse bola,
a vida seria redonda.

pedro antônio de oliveira

Tempos modernos



Sinto saudade de quando a vida era menos tecnológica. Parece que havia mais tempo para tudo, principalmente para estar com as pessoas de uma forma mais sincera. Esses avanços vieram para aproximar ou aumentar as distâncias? O prazer de conversar sem pressa, de olhar no olho e de sentir o silêncio. Hoje o mundo anda muito barulhento e a avalanche de informações chega até nós sem que a gente queira direito.

Ontem mesmo, na academia (Há quanto tempo não aparecia por lá!), conversava com meu amigo Thiago sobre isso. Ele me perguntou se não fico atordoado com tanto ruído, com tanta notícia, com o excesso de informação? Será que é possível filtrar e selecionar só aquilo que nos é importante? Talvez, sim, mas tudo depende de uma mudança de postura.

Por que sentimos necessidade de provar o tempo inteiro para os outros que somos os melhores, os mais bem-sucedidos ou os mais felizes? Isso cansa! Quem é que não gostaria de morar para sempre nos álbuns do Facebook? Eu queria! Por lá, é tudo quaaaase perfeito. Os relacionamentos em família, as viagens, o trabalho... Ninguém tem chefe chato, ranzinza ou ditador. Ninguém discute com a mãe ou com o irmão. Ninguém sente inveja ou tem ataques de crueldade com o próximo. Todos são angelicalmente bonzinhos e amigos-mais-que-amigos. Deus vendo!

Por outro lado, preciso destacar: a cada dia, proliferam postagens nada a ver de nossos coleguinhas virtuais. É cada uma, que já nem sei se choro ou dou gargalhadas. São aqueles que protestam e levantam bandeiras, assumem posturas políticas e brigam com o universo em peso. São os que adoram imagens de animaizinhos mutilados e sofredores, os que claramente só pensam em comida, os indignados com tudo e com todos, os que acham que suas vidas são tão interessantes, que postam até seus momentos menos glamourosos. Me diga se não bate uma depressãozinha ao abrir a página de sua rede social e se deparar com alguém no hospital, levando soro na veia, relatando em minúcias a doença de um familiar ou mesmo a morte dele. Já fico imaginando quantos riscos e tragédias me circundam. Me benzo e dou um clique para fora daquilo, tentando escapar dos infortúnios.

Sinto saudade de um tempo que não volta mais. Tomara que um dia a gente se canse de todo esse circo e volte a viver o mundo real. Podemos avançar na tecnologia, não podemos retroceder como seres humanos. A internet e outros tantos recursos do mundo moderno estão à nossa disposição para o bem. Precisamos ser mais autênticos, mais maduros. É possível fazer bom uso das ferramentas de comunicação, que evoluem a todo instante. Não é possível continuar mentindo para nós mesmos.

pedro antônio de oliveira

27.11.14

Me fala de coisas bonitas...


Eu sou daquele tempo, daquela rua, daqueles amigos. Quem é que podia correr livremente pelos quintais? Todo mundo, ora. E, no mundo, os muros ainda não separavam as pessoas.
E os anjos, como nós, brincalhões, ralavam os joelhos com a gente
e quebravam suas asas para nos proteger. 
Hoje, o maior risco é riscar da lembrança pessoas queridas. Afinal, parece tão fácil se distrair com 
os assuntos sérios de gente grande. Eu também corro esse perigo, apesar de não ter crescido. 


Os amigos: eu, Renata e Eveline. Bem atrás, Rodrigo, correndo. Década de 1980.

Se não estou enganado, a primeira bike da rua (e daquela turma) foi uma Caloi vermelhinha, da Kátia; depois, veio a da Eveline, uma Cecizinha dourada, um charme. A minha era uma Caloi azul (céu), 
que ganhei de aniversário; quase morri de emoção.

Os aniversários memoráveis. Este foi na casa da Eveline. O ano: 1988.

Na foto acima, posso ver e sentir saudade: Gleice, uma das poucas amigas queridas que ainda vejo, Elke (será que é assim mesmo que se escreve?), Eunice, Rodrigo (de pirulito na boca), Renata, Deivison (de pirulito na mão), Marcela, Nilton (Tó), Eveline e... chiii! Esqueci o nome da ruivinha, prima da Eveline. Mereço perdão? 
Claro que sim, pois este post saudosista denuncia que a idade está chegando.

Clique e assista ao vídeo:



"E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade
Alegria e amor..."

"Bola de meia, bola de gude" (Milton Nascimento)

pedro antônio de oliveira

9.10.14

Outros tantos milagres



Um feliz encontro em Alagoas, durante minhas férias: 
as crianças de São Miguel dos Milagres. 
Uma escola na praia e o recreio bem diante do paraíso.
E ainda estamos debaixo de uma árvore gigante. Percebe?
A vida é ou não é especial?




Com essas embarcações, é possível visitar as piscinas naturais de São Miguel dos Milagres.
O município fica a 86 km da capital de Alagoas.

Antes, São Miguel dos Milagres se chamava Nossa Senhora Mãe do Povo, até que um pescador encontrou uma imagem de madeira, coberta de algas. Depois de limpá-la, descobriu que se tratava da figura de São Miguel Arcanjo. E o mais incrível, uma ferida que o pescador tinha havia muito tempo, e que não cicatrizava de jeito nenhum, ficou totalmente curada.
A história do milagre se espalhou. 
Daí o nome: São Miguel dos Milagres.

pedro antônio de oliveira

Atitude


Se é o amor que o rege...
No escuro, vaga-lumes. 
Sob o sol, a sombra. 
Na chuva, o arco-íris. 
No frio, um coração 
aquecendo as escolhas.

Não querer sozinho
é jamais andar sozinho,
é nunca ser sozinho.

pedro antônio de oliveira

Rubinho para a meninada

Quem acha que já cresceu vai virar criança de novo, ouvindo o CD Inventa, de Rubinho do Vale. As letras e a sonoridade das músicas vão levar você a um mundo de sensações. Foi assim comigo. Depois de um dia daqueles, coloquei os fones de ouvido, fechei os olhos e mergulhei na energia revigorante do novo trabalho do talentoso violeiro, cantador e compositor, nascido no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

Rubinho brinca com os ritmos brasileiros e as canções folclóricas, passeando pelo frevo e pelas marchas. As participações de Mônica Horta e Regina Mori são um espetáculo à parte. Que vozes! Daniel do Rap, o gari artista da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU), e o garoto Petros de Barros também cantam no CD.

O CD vem numa espécie de livrinho. As letras das músicas são todas ilustradas. Um barato!

O meu veio com dedicatória e tudo! Legal, né?!


Site do Rubinho do Vale. Clique.
Leia mais sobre Rubinho do Vale. Clique.
Sobre o lançamento do CD Inventa. Clique.

pedro antônio de oliveira

18.3.14

De poesia, de magia e de canção


O mundo tá mudando muito rápido
E não temos muito tempo pra pensar
Eu me lembro quando tudo era pequeno
As casas coloridas e as pessoas a passar.

Por que complicar tanto a vida?
Se no fim, todos querem se amar...

"simples" wilson sideral

15.2.14

Poesia nas alturas

Só ficarão sabendo da minha verdade
E alguns segredos
Alguns poucos
Alguns míseros anjos loucos. 
(Dora de Oliveira em Voos Diversos - página 23)


Debaixo desta cidade
Desta cidade muda
Os homens esperam
Migalhas e milagres. 
(Dora de Oliveira em Voos Diversos - página 35)

A escritora e poeta Dora de Oliveira lançou o livro Voos Diversos. É sua primeira obra completa depois de publicar em duas antologias. Recebeu menções honrosas no Prêmio Mundial de Poesia Nósside, mas, com modéstia, considera-se ainda "uma aprendiz" no mundo literário. Para escolher o repertório de Voos Diversos, ela recorreu a métodos bastante democráticos: submeteu seus escritos ao público leitor, por meio das redes sociais. Os poemas mais curtidos pelos internautas foram parar no livro, para que agora você possa voar em deliciosos versos. Sua poesia contempla a vida nas coisas simples: a mãe que se foi e deixou um vazio, a flor que baila movida pelas asas de um passarinho ou o início de um grande amor. Leia, logo abaixo, um bate-papo com a autora.    


ENTREVISTA COM DORA DE OLIVEIRA

Voos Diversos presenteia o leitor com uma escrita leve,
reflexiva e autobiográfica

Quando surgiu o gosto pela escrita?
Com certeza, na infância. Nasci numa cidade do interior. Meu pai era auxiliar de uma professora no Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). Para alfabetizar os adultos, eles recebiam um material didático e livros com histórias muito interessantes. Lembro-me de uma que li incansavelmente, "Epaminondas". Comecei a ler com seis anos, auxiliada por minha irmã mais velha. Naquela época, fui considerada uma leitora precoce.

Sofreu influência de familiares e amigos que escrevem?
Sim, do meu avô materno. Ele era um homem calado, falava o mínimo possível. Vivia dentro de seu mundo. Escrevia sobre situações de tristeza ou sofrimento vivenciadas por ele mesmo. Um dia, estava brincando com meus primos e minha irmã, quando ele, de longe, do alto da varanda, espiava a cena com um lápis na mão. Ele me chamou e me passou aquele lápis. Mais tarde, entendi a metáfora: o lápis era um bastão.

O prazer pela leitura foi o primeiro passo para se tornar escritora?
Sem sombra de dúvida, mas não me considero uma escritora. Talvez seja ainda uma aprendiz. A leitura permite que façamos viagens inesquecíveis. Quando leio, transporto-me para o lugar onde o romance ou a história acontece.

Já publicou outros livros?
Tenho poemas publicados em duas antologias italianas, advindos das menções honrosas que recebi no Prêmio Nósside (reconhecido pela Unesco), e um poema publicado em uma antologia, em São Paulo. Voos Diversos é o primeiro, tenho outro preparado que deverá se chamar Voos Noturnos. É lamentável o autor independente ter de enfrentar tantas dificuldades para publicar uma obra, pois a produção tornar-se algo bastante oneroso.

Em 2012, Dora publicou o poema
"Uma sombra de mim" na obra Antologia de Ouro

Como surgiu a ideia de publicação dos poemas nas redes sociais?

Antes de entrar no Facebook, enviava meus poemas aos amigos por e-mail. Então alguém sugeriu que eu começasse a publicá-los lá. Com o tempo, fui percebendo que ali era mesmo um bom lugar para que eles fossem avaliados pelos leitores. E foi assim que pensei Voos Diversos: concebê-lo de poemas que receberam bastantes curtidas e comentários. Assim, creio que ele está, de certa forma, respaldado pelo público.

A leitura e a escrita são para você formas de terapia?
Sim. Costumo dizer que me trato por meio das leituras que faço e do que escrevo, o que não deixa de ser uma forma de refletir sobre o cotidiano, sobre a vida.

A escrita salva?
Posso afirmar que sim, salva. A arte, como um todo, é um santo remédio para inúmeros males.

Como é seu processo de escrita? Há algum ritual para se inspirar? 
Escrevo a qualquer hora. Uma vez estava chegando à minha casa, descia uma rua cheia de árvores e me surgiu um poema. Busquei na bolsa uma caneta e não a encontrei. Peguei meu batom e, num pedaço de papel, escrevi. Já acordei de madrugada para escrever. Hoje utilizo o recurso de gravar no celular; portanto, se me virem andando em círculo na rua e falando sozinha, tenham certeza de que estarei compondo.

Alguns escritores profissionais afirmam que a escrita é mais transpiração do que inspiração. Isso porque, quando há prazos, é necessário se concentrar na técnica e no esforço de criação, independentemente de qualquer insight divino. Você concorda com isso?
Para mim, com certeza, é mais inspiração. Depois que escrevo, dificilmente altero o que escrevi. Meus poemas são livres. Às vezes, um ou outro parece enquadrar em algum conceito poético. Mas, na maioria das vezes, preservo a forma em que foi escrito, mantendo o efeito das disposições de palavras. Gosto muito da escrita com sonoridade.

Escreve também crônicas e contos?
Arrisco, de vez em quando, uma crônica. Mas esse ofício demanda mais tempo e concentração.

Quais são seus autores prediletos?
São vários. Em primeiro lugar, Guimarães Rosa, com sua poética do sertão, indispensável a todos nós. Depois, Carlos Drummond, Adélia Prado, Maiakovski, Leminski, Érico Veríssimo, Raduan Nassar, Emily Dickson, Jorge Amado, Adonias Filho, Fernando Sabino, Cruz e Sousa, Carolina de Jesus, Ariano Suassuna, Os irmãos Campos, entre outros.

O que você costuma fazer nas horas vagas?
Ler, nas horas vagas e não vagas. Sair para lugares de muito verde, subir a Serra do Cipó. Vou à Serra desde 1986 e não me canso de sua beleza.

O que podemos fazer para despertar nos outros o gosto pela leitura, sem esperar do poder público ações ou projetos grandiosos? Veja o exemplo da Borrachalioteca de Sabará (MG), em que uma oficina se transformou em ponto de leitura.
Tudo começa em casa. As crianças vendo a família com um livro nas mãos com certeza vão desejá-lo. Em muitos momentos, as pessoas acabam se espelhando em nós. Faço amigos dentro de metrô e de ônibus por estar lendo. Então, o primeiro passo é mostrar ao outro a importância da leitura, sem ser pedante. Outras iniciativas que estão aí e são imensamente válidas são os pontos de leitura, criados de diversas formas estimulantes e criativas. Cito o próprio retorno da ação do ponto de leitura da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU). Vários leitores surgiram por termos os estimulado. Conheço inúmeras experiências em seminários dos quais participei como mediadora de leitura. Na época, conheci a Borrachalioteca, inclusive, ganhadora de importantes prêmios.


Para entrar em contato com a escritora Dora de Oliveira, 
mande um e-mail para torremagica@gmail.com.


pedro antônio de oliveira

25.1.14

O provocador Rubem Alves

Oi, pessoal. Hoje vou compartilhar alguns vídeos do educador e escritor Rubem Alves. Vale a pena assistir. Suas palavras nos fazem refletir sobre muitas coisas interessantes. Ah, e uma dica: leia os livros dele. São ótimos. Imagine só passar uma tarde inteira batendo um papo com o Rubem. 


Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4

"Minha filosofia pode ser resumida em duas frases latinas: 'Tempus Fugit': o tempo foge, passa, tudo é espuma... E 'Carpe Diem': colha cada dia como um fruto saboroso que cresce na parede do abismo. Colha hoje porque amanhã estará podre." (Rubem Alves)

"Sonho em ter tempo para aprender a vagabundear." (Rubem Alves)




pedro antônio de oliveira