A Declaração de Cambridge afirma que todos os animais não humanos, incluindo polvos, são sencientes e sentem emoções como medo e felicidade. Ela foi atestada por um grupo internacional de destaque de neurocientistas cognitivos e outros especialistas, e endossada pelo renomado físico teórico e cosmólogo britânico Stephen Hawking.
Eu confesso que sinto pena de pisar numa barata. Parece loucura? Pode até ser. Mas, convenhamos, ela não tem culpa de ser quem é, concorda? Será que ela sabe por que está perdendo a vida?
E as formigas? Por um bom tempo, durante a infância e a adolescência, eu adorava alimentar esse bichos em um formigueiro discreto que descobri no quintal. Sempre que podia, levava para perto dos buraquinhos de suas humildes residências uns farelos de biscoito, alguns grãozinhos de arroz ou o que estivesse comendo naquele momento. Adorava ver esses pequenos seres carregando, mais que depressa, a refeição para dentro de suas cavernas subterrâneas.
Porém, de uns tempos pra cá, principalmente em dias quentes, esses minúsculos seres se tornaram bem incômodos, invadindo a cozinha e adentrando os armários descontraidamente em fileiras. Então foi impossível não dar um jeito neles, detendo-os com inseticidas e outras formas cruéis de extermínio.
Contudo, a filosofia zen budista afirma que devemos ter respeito e não matar, de forma alguma, os seres vivos. Imagine os bois, as galinhas, os porcos, os animais maiores que matamos para nos alimentar da carne deles? O que devemos fazer? Mudar nossos hábitos em favor da existência e do não sofrimento deles? Olha... esse assunto rende uma boa reflexão. E aí, o que você pensa a respeito disso?
No vídeo acima, eu conto se os insetos sentem dor. Corra lá, clique e confira.
Budismo e compaixão aos animais: reflexão sobre a Declaração de Cambridge.
Pedro Antônio de Oliveira