29.9.24

Fonte dos desejos


Lucinha quer ser fada.
Bailar na ponta dos pés,
se empinar esguia sobre uma nuvem,
deixar o vento conduzir seus passos
para longe de tudo.

Ser fada é uma coisa tão boa.
É quase, quase ser uma bailarina,
um facho de sol
furando a copa das árvores,
uma nota musical colorindo o silêncio,
um abraço no escuro,
iluminando a solidão.

Lucinha quer ser fada
só para visitar as estrelas
onde moram seus anjos preferidos,
também a vó Candy e seus bolinhos de chuva,
também o vô Olinto e seu acordeon multialegria.

Lucinha quer ser fada e voar de noite sobre a cidade,
acordar os desejos esquecidos,
curar a saudade e remendar os corações partidos
com afeto e sonho.

Pedro Antônio de Oliveira

21.9.24

Veja o que aconteceu ao visitar uma escola!...

Gente, ao participar de um Encontro Literário na Escola Espaço do Saber, em Belo Horizonte, eu descobri que estudei, da primeira à quarta série, durante a infância, com a diretora da instituição e com uma das professoras. 

E você aí achando que história de novela é exagerada, irreal!... Fiquei de queixo caído quando, de repente, fomos rememorando nomes de colegas e professoras em comum daquela época. Era verdade! Tínhamos sido coleguinhas de classe! Foi tão emocionante!! 

Voltamos ao passado numa máquina do tempo. Eta, mundo maravilhoso e pequeno! Que presente delicioso eu recebi, graças ao convite do professor Heitor Lima, que trabalhou meu livro Oreosvaldo, o Pássaro das Sombras (Editora Lê) com os estudantes do Ensino Fundamental.

Quer ver mais imagens desse dia? Clique aqui!

Pedro Antônio de Oliveira

Sol de primavera

 

Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou juntos outra vez

Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho

Mesmo assim, não custa inventar
Uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito

A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender.

Beto Guedes e Ronaldo Bastos

13.9.24

Lançamento em Belo Horizonte: "Meus heróis na sala de estar" - Dica de Cultura

 


Convido você para participar do lançamento do meu livro Meus heróis na sala de estar, da Editora Lê.

Acompanhe a entrevista, clicando na imagem acima.


Data: 14 de setembro - sábado
Horário: das 11h às 13h30
Local: Livraria Jenipapo - Belo Horizonte (MG)
Endereço: Rua Fernandes Tourinho, 241 - Savassi

Conto com sua presença! Obrigado pelo carinho!

Meus heróis na sala de estar (Editora Lê)

Autor: Pedro Antônio de Oliveira
Ilustrador: EduSá

Um pouco desta história:

Dona Minervina Constância e Seu Bonifácio Ameno são avós incríveis. Mas alguém da família decidiu que, de agora em diante, o asilo é o melhor lugar para eles. Enquanto o neto corajoso tenta impedir essa separação, os rumos desta história começam a mudar. Ainda bem que o amor e a gentileza são superpoderes capazes de livrar os humanos da solidão. Afinal, nem todos os heróis usam capa ou voam sobre a cidade. Uma história sensível sobre afeto e transformação.

Pedro Antônio de Oliveira

2.9.24

Lançamento do livro "Meus heróis na sala de estar" - Editora Lê


Olá, pessoal!
 
No dia 14 de setembro, das 11h às 13h30, eu estarei na Livraria Jenipapo, situada na Rua Fernandes Tourinho, 241 - Savassi, em Belo Horizonte, para o lançamento do meu livro 

Tenho certeza de que será um encontro inesquecível. Se puder, dê uma passadinha por lá. Vou adorar estar com você!

Um abração cheio de carinho! A gente se vê. :)

Pedro Antônio de Oliveira


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Livre no tempo


Eu gostaria de desviver para trás,
dia por dia,
para parar só naquele instante,
e nele ficar, eternamente, prisioneiro...

João Guimarães Rosa

O vencedor


Olha lá, quem vem do lado oposto
Vem sem gosto
De viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos sãos
E salvos de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória
De chorar.

Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar
Pra não faltar amor.

Los Hermanos

Existência


Escuto,
mas não sei
se o que ouço é silêncio
ou Deus.

Escuto,
sem saber se estou ouvindo
o ressoar das planícies do vazio
ou a consciência atenta
que, nos confins do universo,
me decifra e fita.

Apenas sei que caminho
como quem é olhado,
amado e conhecido.

E por isso, em cada gesto,
ponho solenidade e risco.

Sophia de Mello Breyner Andresen