Passamos a ter medo do silêncio, como se dele fossem brotar todos os ruídos que nos atemorizam. Mas é do silêncio que nascem as respostas, as vozes do nosso Eu mais profundo.
Faça silêncio e ouvirá a música que embalou sua adolescência, os barulhinhos que arrancaram suaves sorrisos quando ainda era apenas uma criança, o som das vozes de quem você amou e que, por algum motivo, foi embora.
Em meio a tanto barulho, não encontraremos as pistas daquilo que nos assombra. Apenas viveremos fugindo, aflitos, apressados, agressivos, insatisfeitos, ávidos pelo prazer instantâneo.
Precisamos do silêncio para desfrutar o divino.
Pedro Antônio de Oliveira