José Eduardo Agualusa
11.9.23
Liberdade e infinito
Em criança tirei um pássaro de dentro de uma pequena gaiola. O pássaro não voou. Ficou ali andando aos círculos, aos círculos, aterrorizado com a largueza do mundo e a responsabilidade enorme de ter de sobreviver por si. Quando me libertaram, eu senti-me assim. Vagueava pelas ruas sem rumo certo.
27.8.23
Diferente
Não há nada como regressar a um lugar que está igual
para descobrir o quanto a gente mudou.
Nelson Mandela
12.8.23
Nosso maior exemplo
Amar é ajudar a construir nossa vida com pequeninos grãos de futuro.
Cada parede é erguida no agora.
Dentro de cada cômodo:
ética, respeito, honestidade, gentileza e humanidade.
Feliz Dia dos Pais aos pais e aos filhos.
Pedro Antônio de Oliveira
3.8.23
15.7.23
A vida ao contrário
Quando alguém especial vai embora
um pedaço da gente evapora.
E vira no céu
algodão.
Vira sol
no universo.
Vira cometa.
Vira verso.
Pedro Antônio de Oliveira
8.6.23
23.5.23
Lições
Aprendi o silêncio com os faladores,
a tolerância com os intolerantes,
a bondade com os maldosos;
e, por estranho que pareça,
sou grato a esses professores.
Khalil Gibran
13.5.23
Amor, mãe
Ah, mãe...
Quisera eu
morar pra sempre nesse colo,
longe da aspereza de tudo,
ser seu girassol pequenino,
nós dois na terra da fantasia,
abrindo os mais belos presentes da vida,
naquele quintal colorido,
sonhado e chamado infância.
Quisera eu, mãe,
aprender um dia
a ser adulto.
Pedro Antônio de Oliveira
11.5.23
O melhor lugar do mundo
Na chegada ou na partida
Na manhã de sol ou noite fria
Na tristeza ou na alegria
(...)
Tudo que a gente sofre
Num abraço se dissolve
Tudo que se espera ou sonha
Num abraço a gente encontra.
Jota Quest
9.5.23
Quando acabamos de chegar
No começo da vida é que se é a gente.
Há quem consiga continuar sendo.
Por que razão algo mudou
ou ficou pra trás
ninguém entende.
Pedro Antônio de Oliveira
6.5.23
3.5.23
30.4.23
Um pouquinho de ti
Senhor do Futuro,
Dono do Tempo,
Guardião dos Caminhos,
me ajude a repartir felicidade.
Pedro Antônio de Oliveira
26.4.23
Lugar perfeito
Descobri como é bom chegar quando se tem paciência.
E para se chegar, onde quer que seja, aprendi que não é preciso dominar a força, mas a razão.
É preciso, antes de mais nada, querer.
Amyr Klink
15.4.23
5.3.23
Compaixão pelos seres vivos
A Declaração de Cambridge afirma que todos os animais não humanos, incluindo polvos, são sencientes e sentem emoções como medo e felicidade. Ela foi atestada por um grupo internacional de destaque de neurocientistas cognitivos e outros especialistas, e endossada pelo renomado físico teórico e cosmólogo britânico Stephen Hawking.
Eu confesso que sinto pena de pisar numa barata. Parece loucura? Pode até ser. Mas, convenhamos, ela não tem culpa de ser quem é, concorda? Será que ela sabe por que está perdendo a vida?
E as formigas? Por um bom tempo, durante a infância e a adolescência, eu adorava alimentar esse bichos em um formigueiro discreto que descobri no quintal. Sempre que podia, levava para perto dos buraquinhos de suas humildes residências uns farelos de biscoito, alguns grãozinhos de arroz ou o que estivesse comendo naquele momento. Adorava ver esses pequenos seres carregando, mais que depressa, a refeição para dentro de suas cavernas subterrâneas.
Porém, de uns tempos pra cá, principalmente em dias quentes, esses minúsculos seres se tornaram bem incômodos, invadindo a cozinha e adentrando os armários descontraidamente em fileiras. Então foi impossível não dar um jeito neles, detendo-os com inseticidas e outras formas cruéis de extermínio.
Contudo, a filosofia zen budista afirma que devemos ter respeito e não matar, de forma alguma, os seres vivos. Imagine os bois, as galinhas, os porcos, os animais maiores que matamos para nos alimentar da carne deles? O que devemos fazer? Mudar nossos hábitos em favor da existência e do não sofrimento deles? Olha... esse assunto rende uma boa reflexão. E aí, o que você pensa a respeito disso?
No vídeo acima, eu conto se os insetos sentem dor. Corra lá, clique e confira.
Budismo e compaixão aos animais: reflexão sobre a Declaração de Cambridge.
Pedro Antônio de Oliveira
26.2.23
Olhos parados
Olhar, reparar tudo em volta, sem a menor intenção de poesia.
Girar os braços, respirar o ar fresco, lembrar dos parentes.
Lembrar da casa da gente, das irmãs, dos irmãos e dos pais da gente.
Lembrar que estão longe e ter saudade deles...
Lembrar da cidade onde se nasceu, com inocência, e rir sozinho.
Rir de coisas passadas. Ter saudade da pureza.
Lembrar de músicas, de bailes, de namoradas que a gente já teve.
Lembrar de lugares que a gente já andou e de coisas que a gente já viu.
Lembrar de viagens que a gente já fez e de amigos que ficaram longe.
Lembrar dos amigos que estão próximos e das conversas com eles.
Saber que a gente tem amigos de fato!
Tirar uma folha de árvore, ir mastigando, sentir os ventos pelo rosto...
Sentir o sol. Gostar de ver as coisas todas.
Gostar de estar ali caminhando. Gostar de estar assim esquecido.
Gostar desse momento. Gostar dessa emoção tão cheia de riquezas íntimas.
Lembrar da casa da gente, das irmãs, dos irmãos e dos pais da gente.
Lembrar que estão longe e ter saudade deles...
Lembrar da cidade onde se nasceu, com inocência, e rir sozinho.
Rir de coisas passadas. Ter saudade da pureza.
Lembrar de músicas, de bailes, de namoradas que a gente já teve.
Lembrar de lugares que a gente já andou e de coisas que a gente já viu.
Lembrar de viagens que a gente já fez e de amigos que ficaram longe.
Lembrar dos amigos que estão próximos e das conversas com eles.
Saber que a gente tem amigos de fato!
Tirar uma folha de árvore, ir mastigando, sentir os ventos pelo rosto...
Sentir o sol. Gostar de ver as coisas todas.
Gostar de estar ali caminhando. Gostar de estar assim esquecido.
Gostar desse momento. Gostar dessa emoção tão cheia de riquezas íntimas.
Manoel de Barros
A metade da maçã
Em nome desse amor eu vou
Recriar o mundo
Cada segundo
Em nome desse amor eu vou
Te entregar um sol toda manhã
Roupa Nova
4.2.23
Não tenha vergonha de ser feliz
É tempo de Carnaval. Todo tempo é tempo de ser feliz; mas, nesta época do ano, mais ainda! É quando as pessoas se jogam na avenida revelando a criança interior por vezes esquecida, revivendo fantasias, se pintando com as cores da alegria e se encantando de novo com a vida. É como se os problemas, as responsabilidades e tudo mais que nos impede de sorrir desaparecessem milagrosamente por alguns dias. Estaria aí o grande mistério dessa festa que arrasta multidões e une toda gente em torno do sorriso, da música e do brilho?
Então que tal voltar um pouquinho no tempo, especificamente no ano de 2002, e revisitar uma folia organizada por crianças já vividas? Muitas delas talvez não estejam mais aqui fisicamente. Afinal, já se passaram mais de 20 anos. O que importa é que essas pessoas não se preocuparam com a idade que tinham, com as dores que sentiam ou com as cicatrizes de nossa desafiadora existência humana. Elas simplesmente viveram a plenitude da efêmera felicidade pueril.
No vídeo acima, você vai se emocionar com o entusiasmo de centenas de senhoras da terceira juventude que prepararam suas próprias fantasias com materiais recicláveis para depois brilharem em um superbaile de Carnaval, promovido pelo Serviço Social do Comércio de Minas Gerais (Sesc MG), em Belo Horizonte. Das 18 unidades estaduais do Sesc em MG na época, sete participaram, entre elas a Venda Nova, por meio do bloco "Verde Vivo, Vida Nova", dentro do projeto "Abre alas! Terceira idade pede passagem".
Com lindas fantasias confeccionadas com plástico de garrafas PET, tampinhas e lacres de refrigerante, além de outros resíduos recicláveis, as foliãs mostraram que uma festa completa pode reunir amizade, beleza, paz e sustentabilidade.
Clique na imagem e se inspire! Ousadia! Felicidade não se adia!
Pedro Antônio de Oliveira
28.1.23
Vagão azul
O trem vai rasgando vales,
costurando pontes,
serpente férrea luzindo
seu grito abre-caminho,
maciço, bonito e choroso.
A fumaça se esvai grafitando o céu,
marcando o cartão-postal da vida,
feito tufos de juventude
pulverizada no tempo.
Pedro Antônio de Oliveira
13.1.23
Negro forro
Minha carta de alforria
não me deu fazendas,
nem dinheiro no banco,
nem bigodes retorcidos.
Minha carta de alforria
costurou meus passos
aos corredores da noite
de minha pele.
Adão Ventura
Assinar:
Postagens (Atom)