3.7.22

Beleza não dá preguiça!

 


A fila é uma preguiça, mas o charme da árvore, não!

Adorei conhecer a árvore da preguiça. Confira.

Pedro Antônio de Oliveira

30.6.22

Primeiros passos em direção ao paraíso

Já faz tempo que declarei meu amor pelo Nordeste. Terra linda, repleta de paisagens luminosas e vento. Eu me sinto em paz, livre e revigorado ao sentir entrando pelos poros o perfume do mar e o calor das pessoas que conheço por lá.

A cada nova viagem, lembranças e saudades ficam gravadas na minha pele como uma tatuagem no tempo da vida, na alma imortal e amadurecida, em virtude das lições que a gente aprende. 

Após esses anos de pandemia, tomei coragem, arrumei as malas e parti em direção a Jericoacoara, no Ceará.

Gravei muita coisa que vou postar aos pouquinhos no meu humilde e despretensioso canal sem identidade certa. Meus momentos, apenas isso. 

Esse episódio é o primeiro. Se puder, acompanhe. Ficarei feliz com sua presença e seu carinho. Vamos lá?

Pedro Antônio de Oliveira

O Pássaro das Sombras no Colégio Santa Marcelina SP

 
 

No dia 27 de junho, conversei com os estudantes do 5º ano do Colégio Santa Marcelina de São Paulo, capital! Que presente maravilhoso! 

As turmas fizeram perguntas sensacionais sobre a obra Oreosvaldo, o Pássaro das Sombras, da Editora Lê! Eu adorei! O livro do Pássaro das Sombras já vem sendo adotado na rede Santa Marcelina há vários anos. Que alegria! Meu agradecimento a essa instituição de ensino tão querida, bem-conceituada e repleta de alunos e profissionais dedicados e carinhosos!

Um abraço especial e cheio de gratidão para as professoras Camilla, Fabiana, Alessandra, Graça e para as assistentes das educadoras. Obrigado à coordenação pedagógica e à direção do colégio!

Eu me diverti muito com o modo descontraído e entusiasmado dos alunos. 


Pedro Antônio de Oliveira

8.6.22

Sonhos e planos

 

Ao mesmo tempo
Que tudo se encaixa em seu lugar
Vou continuar
Com os meus planos
De ter algo pra poder viver
Sem ter que sofrer

Mas insistem em jogar nosso orgulho em algum lugar
Que não tem mais como levar adiante o sonho de viver

Ao mesmo tempo
Que tudo se encaixa em seu lugar
Vou continuar
Com os meus planos
De ter algo pra poder viver
Sem ter que sofrer

Mas insistem em jogar nosso orgulho em algum lugar
Que não tem mais como levar adiante o sonho de viver

Quero viver em paz
Sonho de viver em paz

Em paz

Sonho de viver em paz

Mas não vou desanimar
Isso tudo vai ter que mudar
Onde vai parar
A verdade tem que um dia aparecer

Quero viver em paz
Sonho de viver em paz

Em paz

Sonho de viver em paz

CPM 22

Alados fragmentos


As coisas mudam no devagar depressa dos tempos

E quando nada acontece há um milagre que não estamos vendo
Eu queria sair de tudo o que eu era
Pois viver… o senhor já sabe: viver é etecetera…

Cada criatura é um rascunho a ser retocado sem cessar
Tudo o que muda a vida vem sem preparos de avisar
E a felicidade se acha é em horinhas de descuido
Pois o rio não quer chegar, só quer ser mais profundo

Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais
É que de sofrer e de amar, a gente não se desfaz
E que passamos a fazer outras maiores perguntas
Porque a natureza da gente não cabe em certeza nenhuma

Guimarães Rosa

Este pequeno texto foi feito tão e somente com citações de João Guimarães Rosa, sobre os quais cometi a heresia criativa de ordená-las, mexê-las e cortá-las para que se tornassem uma peça única, mas sempre mantendo os elementos mágicos do mestre de forma perceptível. Adorei a brincadeira. 

(Fabiano Costa, do portal Medium.)

Despistar


Espera que estou me aventurando 
na busca das descobertas.

Lygia Fagundes Telles

6.2.22

Saudades luminosas

 

Em algum lugar,
impresso nos meus olhos,
vive e clareia como um sol
aquele doce e inesperado 
arrebatamento de verão.

Pedro Antônio de Oliveira

5.1.22

Neste circo ao vento


E as pessoas sofrem engraçadas,
paspalhonas, enganativas, sonhadoras,
perdidas, angelicais, tragicômicas.
Todo mundo só querendo ser feliz.
Mas quem de nós merece?

Pedro Antônio de Oliveira

GPS

Siga em frente e vire à esquerda
ou à direita,
onde bate seu coração.

Pedro Antônio de Oliveira

Amor astronauta


Daí que me levou para conhecer as estrelas
e eu já desconfiando que me tornaria alado. 

Pedro Antônio de Oliveira

19.10.21

Colégio Santo Agostinho promove bate-papo sobre o livro Oreosvaldo, o Pássaro das Sombras

 




No dia 19 de outubro, eu me encontrei com os estudantes da manhã e da tarde do Colégio Santo Agostinho, de Belo Horizonte (MG). As turmas também contaram com a presença virtual do ilustrador Maurizio Manzo em uma conversa deliciosa. Havia alunos em casa e outros na escola.

A garotada fez perguntas e matou a curiosidade sobre o processo de criação do livro Oreosvaldo, o Pássaro das Sombras, da Editora Lê! Maurizio e eu revelamos todos os segredinhos que envolvem os bastidores da aventura do poeta e blogueiro misterioso mais amado da internet.

Pena que passou rápido!

Muito obrigado à direção, à supervisão pedagógica, ao setor de biblioteca, à informática (que deu uma forcinha!), aos professores e aos alunos do Colégio Santo Agostinho! Um abração!

Depois dê uma passadinha lá no site do Pássaro das Sombras: www.opassarodassombras.com.br.

Pedro Antônio de Oliveira

23.9.21

Pássaro das Sombras no Colégio Dona Clara






No fim de agosto, tive um encontro virtual sensacional com estudantes e educadores do Colégio Dona Clara, de Belo Horizonte (MG).

O bate-papo aconteceu em duas etapas: com a meninada do 3º ano do período da manhã e, depois, com o 3º ano da tarde.

Os alunos fizeram muitas perguntas sobre a obra Oreosvaldo, o Pássaro das Sombras, da Editora Lê, recentemente adotada pela escola. Entre as dúvidas, a turminha quis saber como surgiram todos aqueles personagens divertidos da história.

Fiquei encantado com as belas ilustrações produzidas pela garotada, todas elas inspiradas na arte do ilustrador Maurizio Manzo que deu vida ao texto do livro. Eles também criaram lindos fantoches da bicharada da trama.

Sem dúvida, uma galerinha atenta, inteligente, educada e participativa! Parabéns a todos(as) pela interação! E um "muito obrigado" às queridas professoras que realizaram esse trabalho literário e pedagógico impecável. 

À direção do Colégio Dona Clara, mais uma vez, minha gratidão. Um abraço especial para a coordenadora Carolina Chagas Fontana.


Pedro Antônio de Oliveira

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1.8.21

Dias especiais

 

De repente, um vírus surge e se espalha rapidamente pelo mundo inteiro. Eu não tinha a real noção do que estava acontecendo até receber a notícia de que, no dia seguinte, eu teria que trabalhar em casa, obrigatoriamente, sem prazo para retorno presencial. 

Eu me lembro bem do susto causado pelo vírus ebola, na África, da gripe suína que alcançou dezenas de países, incluindo os Estados Unidos, provocando muitas mortes no México. Não posso me esquecer também da epidemia de cólera no Brasil, no início dos anos 1990, quando passei as férias no Rio de Janeiro e quase tomávamos banho (meus primos e eu) com água mineral, por medo de contaminação (e excesso de zelo dos adultos). Caixas com vidros vazios de água se acumulavam na calçada do prédio onde ficamos hospedados. 

Mas nada se compara ao terror do coronavírus, que nos deixou isolados, amedrontados, indefesos, de máscara (escondendo nosso sorriso); em alguns momentos, sem esperança diante dos milhares de mortes noticiados diariamente no país. Vale lembrar que o Brasil chegou a registrar em março de 2021, em apenas 24 horas, mais de 3.100 óbitos. Uma tristeza, uma catástrofe. 

Após semanas e meses tão sombrios, a luz, o alento, a vacina! Impossível não se emocionar diante da perspectiva (mesmo que distante ainda) de voltar à vida normal. 

Tudo ficou bem diferente na minha rotina. Assumi inúmeras tarefas que antes não eram minhas por permanecer quase todo o tempo fora de casa, trabalhando. Para proteger meus pais, passei a realizar todas as compras e resolver o que fosse preciso, de maneira a evitar que saíssem às ruas. Amadureci bastante diante de um novo desafio, o de me tornar pai dos meus pais, de higienizar tudo o que chegava, de auxiliar minha mãe com a panela de pressão, de fazer caminhada com meu pai como meio de disfarçar a prisão que impus a ele. (Engraçado que sempre sonhei em passar mais tempo com eles, de estar em casa à tarde, como nos tempos de criança, de não ter que me deslocar todo dia para o trabalho, enfrentando trânsito... Não pensei que iria vivenciar essa experiência, só que de um jeito mais angustiante, menos prazeroso.)  

Foram incontáveis situações inusitadas (as quais não vou narrar aqui) como, por exemplo, blindá-los de visitas de familiares nos períodos mais críticos da pandemia e passar horas vendo filmes, séries e vídeos do YouTube para distraí-los, já que a tradicional programação da TV aberta se tornou ainda mais enfadonha e repetitiva com as reprises das novelas que minha mãe sempre fez questão de acompanhar.

Com tudo isso, comecei a experimentar a brincadeira de produzir alguns vídeos para o YouTube. Horríveis, na minha avaliação, em virtude da pressa, da falta de ânimo e da destreza que perdi por passar anos sem gravar coisa alguma. 

Mas está aí o registro da minha primeira dose de vacina contra a covid-19. Na pressa, esqueci o apoio da câmera e fui filmando heroicamente com uma das mãos e dirigindo também com apenas uma delas, o que não recomendo a fazer por se tratar de um ato incorreto em termos de segurança no trânsito.

Perdi a timidez e decidi postar aqui essa alegria como forma de agradecer a Deus a oportunidade de estar vivo, de receber a vacina, e homenagear todos os profissionais que tornaram possível esse dia. Aos cientistas, médicos, enfermeiros, técnicos, todas e todos os envolvidos, o meu muito obrigado, minha gratidão, meu reconhecimento e minhas preces de proteção. 

Que a gente aprenda algo útil e libertador, que haja um significado maior de evolução por trás disso tudo, que possamos enxergar além da materialidade um novo caminho, uma saída para nossas trapalhadas como seres humanos e nos tornemos espécies melhores. Há muito chão pela frente, eu sei. Basta ler os jornais e portais, e constatar ainda tanta desumanidade, tanta destruição da natureza, tanta escravidão de animais e humanos, tanta atrocidade. Quanta falta de bom senso. Quanta ausência de amor.

Mas não percamos a fé e a vontade de sermos um dia, de fato, centelhas de luz nesse mistério todo, que é a nossa existência no universo.

Um abraço a todos e todas. Continuem se cuidando. O meu carinho por sua presença e por sua leitura. Assista aos vídeos. Faça também. Passe a registrar os dias especiais porque a vida, a vida é tão rara

Pedro Antônio de Oliveira

Registro da segunda dose de imunização contra a covid-19

Registro da terceira dose de imunização contra a covid-19

Registro da quarta dose de imunização contra a covid-19 e da vacina contra a gripe

18.6.21

Poesia


Poesia é a vida
que cruzamos com ânsia,
esperando o que leva
sem rumo a nossa barca.

Frederico García Lorca

5.6.21

Mistério do planeta


Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso
Jogando meu corpo no mundo
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas
Passado, presente
Participo sendo o mistério do planeta.

Antonio Pires / Luis Galvão

22.5.21

Exercícios de crescer

 

Mesmo com tanta ilusão perdida
quebrada,
mesmo com tanto caco de sonho
até hoje
a gente se corta.

Alex Polari

5.5.21

Minuano


Este vento faz pensar no campo, meus amigos,
Este vento vem de longe, vem do pampa e do céu.

(...)

Minha infância tem a voz do vento virgem:
Ele ventava sobre o rancho onde morei.

(...)

Eu sou o irmão das solidões sem sentido...
Upa upa sobre o pampa e sobre o mar...

Augusto Meyer

13.4.21

Pela janela aberta


Por que será
Que estou sempre dando festas
Pra você dentro de mim?

É sempre assim
Eu enfeito a minha casa com as flores
Que roubei do seu jardim.

(...)

Belô Velloso

28.3.21

Previsão do tempo


Pipas no céu
Crianças nas nuvens.

Miró

Tédio


Adoro esse olhar blasé
Que não só
Já viu quase tudo
Mas acha tudo tão déjà vu 
mesmo antes de ver.

Antonio Cícero