![](https://1.bp.blogspot.com/-d_m5-SCuiYQ/X_4bemknIPI/AAAAAAAAEg8/4YHFoDI4bcQwqA1ntoAoTT2ovZ8u3TtFACLcBGAsYHQ/w626-h417/jangada.jpg)
Jangadas amarelas, azuis, brancas,
logo invadem o verde mar bravio,
o mesmo que Iracema, em arrepio,
sentiu banhar de sonho as suas ancas.
Que importa a lenda, ao longe, na história,
se elas cruzam, ligeiras, nesse instante,
o horizonte esticado da memória,
tornando o que se vê mito incessante?
As velas vão e voltam, incontidas,
sobre as ondas (do tempo). O jangadeiro
repete antigos gestos de outras vidas
feitas de sal e sonho verdadeiro.
Qual Ulisses, buscando, repentino,
a sua ilha, o seu rosto e o seu destino.
Adriano Espínola
Nenhum comentário:
Postar um comentário