1.9.20

Tecelã


No silêncio, 
a aranha tece sua estrada prateada 
rumo ao nada. 

No orvalho da madrugada, 
ela espera o futuro ali, 
sentada. 

Um dia, seu fio a levará ao sétimo céu; 
isso, sim, quando for uma aranha encorajada, 
gangorrando, dependurada, 
na pálida luz que iluminou seus labirintos.

Pedro Antônio de Oliveira

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