
9.5.09
Pois o dia nasceu feliz
6.5.09
Dica do Oráculo da Torre
1.5.09
Nossos heróis não morrem




Nós precisamos de heróis para viver. E o que acontece então quando eles de repente vão embora, deixando a vida com uma dose a menos de sonho?
É hora de acreditar que um herói de verdade não precisa usar capa nem lutar contra vilões funestos. Um herói mesmo faz a gente descobrir que a vitória inventa muitos caminhos.
E se o coração se alegra mesmo sentindo saudade, ao se lembrar desse herói, é porque na realidade ele continua vivo.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA

Há 15 anos, Ayrton Senna sofria um acidente fatal na curva Tamburello, no autódromo de Ímola na Itália, durante o Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1. Naquele dia, o Brasil teve a certeza de que havia uma outra grande paixão ocupando nossos corações, além do idolatrado futebol.
30.4.09
Entre iguais

Não posso ver diferente o que pra mim é tão especial.
A amizade deixa a gente no ar.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
Já sentiu isso?

A felicidade tem muitos braços, muitas pernas e muitos sóis.
A felicidade é um sentimento sem tamanho.
Ela é sem vergonha e explode na cara da gente que nem espinha.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
19.4.09
Tentarei

- Quer um conselho?
- Hum.
- Esquece o chão.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
A ilustração é da artista húngara Irisz Agocs.
Bobagem!

Minha amiga Soninha tem mania de me mandar e-mail com florzinha. Fui bem sincero com ela: “Quer parar com isso! Se um hacker invadir minha caixa de mensagens, vai pensar que sou mulherzinha!”.
“Vai nada, seu bobo”, ela se defendeu. “No mínimo, o hacker vai querer descobrir que amiga é essa sua que cultiva um jardim no computador! O maior risco correrei eu se ele cismar de levar minha primavera bem assim, no meio do outono."
“Vai nada, seu bobo”, ela se defendeu. “No mínimo, o hacker vai querer descobrir que amiga é essa sua que cultiva um jardim no computador! O maior risco correrei eu se ele cismar de levar minha primavera bem assim, no meio do outono."
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
17.4.09
18 de abril - Dia Nacional do Livro Infantil

PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
O Dia Nacional do Livro Infantil foi criado em homenagem a José Bento Monteiro Lobato. Ele nasceu no dia 18 de abril de 1882 e é considerado o criador da literatura infantil no Brasil. Quem não se lembra do Sítio do Picapau Amarelo, da Emília, da Narizinho, do Pedrinho (meu xará!), da Tia Nastácia, da Dona Benta, do Visconde de Sabugosa e do Marquês de Rabicó? Essas são algumas das criações de Monteiro Lobato que ficarão pra sempre gravadas na memória e no coração da gente.
Para quem não sabe, a literatura infantil surgiu no século XVII, com a finalidade de educar moralmente as crianças. Hoje o papo é outro e muitas coisas mudaram. A literatura, antes de tudo, quer emocionar e levar a galerinha a sonhar.
Já o Dia Internacional do Livro Infantil é comemorado em 2 de abril. A escolha da data homenageia o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. Algumas de suas obras mais conhecidas são “O Patinho Feio”, “O Soldadinho de Chumbo”, “A Pequena Sereia” e “As Roupas Novas do Imperador”.
Ler devia ser proibido!
Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Dom Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram, meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não deem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verosimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade. O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas leem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais, etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. É esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos. Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos… A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.
GUIOMAR DE GRAMMONT
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13.4.09
Dicas de leitura


Ganhei do meu amigo e escritor, André Carvalho, dono da editora Armazém de Ideias, dois grandes lançamentos: "Ana, a borboleta", de Helenice de Lima Matias, e "Menino preso na gaiola", do próprio André.
Deficiente físico desde os sete anos de idade, o autor consegue transmitir, em "Menino preso na gaiola", a vivência profunda de garoto, ultrapassando em muito o problema específico do personagem, para projetá-lo em âmbito geral, na busca pela conquista de seu espaço e do direito inalienável de ser feliz.
Apesar de todos os desafios que a vida colocou em seu caminho, o escritor sempre foi um paquerador da "pá virada"! Rodeado de muitos amigos, ele aprontou das suas na infância e na adolescência.
Eu sou suspeito para falar, porque virei fã do André logo que li, para o vestibular, seu premiadíssimo livro "Cuba Libre".
Na dedicatória, ele escreveu assim: "Pedro Antônio, este menino preso na gaiola, de alguma forma, saiu dela. Abraços do André.".
Um abração pra você também, André! E obrigado por mostrar pra gente que não se deve deixar a felicidade escorrer por entre os dedos. Fé e esperança; do contrário a vida dança!
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
10.4.09
Nascer de novo

Toda criatura humana carrega em si a semente da eternidade.
Aquele que morre deixa de ter para ser.
Renasça!
Alguém um dia nos ensinou o que é o amor.
Feliz Páscoa!
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
9.4.09
Belo outono

As folhas se derramam pelo espaço e despertam ciúme nas flores.
Preciso descansar minhas cores, suave outono.
Nada é mais perfeito
Que seu jeito.
...
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
Pronto! Contei.

A verdade mora no fim desta rua
Ao lado daquela árvore
Ao lado daquela árvore
Quase ali, na esquina
Atrás do muro alto
Bem dentro do olhar
Que deságua no mar.
Bem dentro do olhar
Que deságua no mar.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
Amor-cadente

Recolho seu brilho
Como um guardador de mistérios
Faço força para abrir os olhos
E só enxergo você.
Como um guardador de mistérios
Faço força para abrir os olhos
E só enxergo você.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
Felicidade

É tudo tão normal.
Quem é que não entende isso?
A tristeza que se perde nela mesma
E desiste de existir
E a alegria serelepe
Que vem por vir.
Quem é que não entende isso?
A tristeza que se perde nela mesma
E desiste de existir
E a alegria serelepe
Que vem por vir.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
Eu posso ver toda cidade lá fora

Eu abro todas as janelas da casa
Eu deixo o sol iluminar o caminho
Eu deixo a lua fazer sombra na sala
E o vento bagunçar meu destino (...)
“Eu não acredito em você" - VINNY
Eu deixo o sol iluminar o caminho
Eu deixo a lua fazer sombra na sala
E o vento bagunçar meu destino (...)
“Eu não acredito em você" - VINNY
29.3.09
Divida e depois multiplique

E quando a alegria é tão grande que não cabe na gente?
O que a gente faz com ela?
Eu sei. Você também quer saber?
Deixe que ela fuja pelos olhos, pela boca, pelos braços...
Porque alegria é bicho que viaja, que nem pombo-correio, sempre volta pra gente, sempre traz surpresa com ela, uma nova alegria escondida na bagagem: uma alegria-prima, uma alegria-irmã, uma alegria-tia. E a família-alegria só vai crescendo e enchendo a casa da vida de mais harmonia, de mais esperança.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
23.3.09
Respeitável público!

A cidade vai embora tão depressa como a lembrança de quem fingiu amor e desperdiçou palavras em poemas que nunca existiram.
E o menino fica ali, à espera de uma gota de aplauso sem perigo, porque para ele a vida um dia vai ser um circo.
E o menino fica ali, à espera de uma gota de aplauso sem perigo, porque para ele a vida um dia vai ser um circo.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
18.3.09
Então é pra sorrir?

Mas mesmo no escuro que a vida tem
Se você olhar bem
Brilha uma luz amiga da gente.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
Essa ilustração e as outras três imagens postadas acima são da artista húngara Irisz Agocs.
12.3.09
O garoto voa-dor

Se você tem medo de altura, vá embora. Mas eu sugiro que confie em mim. Pois sou melhor que o vento que bagunça os cabelos arrumadinhos. E tão honesto quanto o amor que você chora nessas lágrimas. Porém me divirto rodando as pipas que somem pelo céu. Já fiz as folhas de outono se perderem em qualquer canto. Eu pareço e sou bonzinho. Mas voarei pra longe até te encontrar. Às vezes, faço que caio, faço que pulo, faço que minto, só para você olhar um segundo. No fundo, eu quero ser as flechas certeiras que ferem seu azul-coração. Eu acho que o tempo me envelhece, mais que o sol deste verão que se vai. Não tenha pena de mim, consigo voltar brilhando no escuro. Eu posso cantar um sonho, aquele que você mais quer! Eu posso me fazer de alguém. Você me inventa e eu serei.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
8.3.09
Dia internacional do amor
5.3.09
Querido medo

Pelo buraco da fechadura, com um olho só, ele avistou uma tarde de ouro. Ouviu gritos de festa e o barulho de felicidade.
Cá dentro, o assobio fino do maior silêncio do mundo deixava seus ouvidos com dor.
Era uma vontade que ele tinha de esticar as pernas, de abrir os braços assim bem grande, de pular no alto, de esquentar sol...
Mas e a porta fechada? Quem é que vinha para abrir?
Cá dentro, o assobio fino do maior silêncio do mundo deixava seus ouvidos com dor.
Era uma vontade que ele tinha de esticar as pernas, de abrir os braços assim bem grande, de pular no alto, de esquentar sol...
Mas e a porta fechada? Quem é que vinha para abrir?
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
3.3.09
Recordo um amor que perdi

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Pra tentar reviver (...)
“Resposta ao tempo” - NANA CAYMMI
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Pra tentar reviver (...)
“Resposta ao tempo” - NANA CAYMMI
1.3.09
Imaginação

Ficou na pontinha do sonho
Querendo ser outro alguém
Pensava que a felicidade
Morava mais além...
Pensava que a felicidade
Morava mais além...
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
Sonho de viver em paz

Há paisagens que a gente não escolhe.
Sendo assim,
eu só espero pra mim
a paz de um voo sem medo.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
26.2.09
Agora é luz

Ela se escondeu
Com medo de o sol lhe queimar
A pele
A esperança
E a sorte de se parecer com um anjo.
Mas aí eu falei pra ela:
Faz isso, não! Verão é assim mesmo, Juliet!
A gente se põe pra fora
Deixa o frio lá dentro
Preso sem ar numa mala
Que é pra ele morrer com o tempo.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
De longe parece mais fácil

Não me salvo
Porque não me acho
Não me acalmo
Porque não me vejo
Percebo até
Mas desaconselho... (...)
"Enquanto durmo" - ZÉLIA DUNCAN
Nostalgia

(...) meu castelo é no luar
Se sonho com você, não quero nunca mais acordar.
"Dia de paraíso" - ABELHUDOS
25.2.09
Arte de viver

O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes.
CORA CORALINA
18.2.09
Fica tudo diferente

Contar as estrelas do céu, fazer silêncio, olhar no olho, pegar na mão, encostar a cabeça no ombro, apertar o coração num abraço, falar um segredo no ouvido, dar um beijo quase sem fim...
é tudo o que eu quero pra mim.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
17.2.09
15.2.09
A solidão é meu passatempo

Mas meu teto tem estrelas
E no alto um disco voador
Voando sobre o mar
Mudando de lugar
Querendo me levar
Pra outro mundo (...)
"No meio da rua" - KID ABELHA
12.2.09
Papo de coração

“Depois de tudo e você ainda duvida de mim? Eu sempre sei o caminho”, disse o coração, mas sem se irritar comigo.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
9.2.09
Pra tudo ficar bem

Eu preciso
De um amigo sincero, uma flor
Um cavalo veloz como o vento
E uma máquina de voltar no tempo.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
3.2.09
2.2.09
Doce armadilha

O amor pegou aquele menino de jeito, pelo pé, pelo braço, pelo cabelo. Olha só que engraçado: justamente agora ele começou a voar! Vive nas nuvens.
PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
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