30.12.14

Vai dar tudo certo! Feliz 2015!



Desejo que, em 2015, você tenha muita vontade de ser feliz. E que essa esperança lhe dê coragem para superar os medos, as limitações e todo tipo de dificuldade que impede a gente de sair do lugar de conforto, às vezes sem graça e mortífero. Escolha o seu voo, não o mais alto, mas aquele feito para você. Faça planos e vá em frente. Aproveite essa energia da mudança que move o mundo e o coração das pessoas. Que sua força interior liberte você da rotina, do óbvio. Que você esqueça o revanchismo e olhe as pessoas com ternura, mesmo aquelas que se machucam tanto. A ignorância é uma nuvem cinzenta pairando sobre a mente da humanidade. Mas o sol que existe em suas palavras, em seus atos, é capaz de dissipar o que não é bom em tudo. Que você tenha paciência, não perca o foco dos seus objetivos e dê o primeiro passo para o sucesso. Que os perigos passem raspando por sua cabeça, sem alcançar um fio de seus cabelos. Que você se divirta, que você viaje, que você tenha saúde, que você tenha dinheiro na medida certa para não se confundir e achar que felicidade é aquilo que se pode comprar, pegar, ver. A alegria precisa existir dentro de você, é o que você sente aí dentro. É a paz. É a vontade de estar vivo e aproveitar a vida que Deus lhe deu. Beije as pessoas que você ama. Abrace. Diga a elas o quanto são importantes. Não perca o tempo. Está tudo passando, voando na velocidade de um cometa. Agora é a sua vez. Abra os braços e agarre o futuro que acontece hoje. 

Obrigado por me dar um pouquinho de sua atenção, visitando a Torre Mágica. 
Um beijo, um abraço e um sonho lindo!

pedro antônio de oliveira 

20.12.14

Perfeito amor


Ah, se você me desse bola,
a vida seria redonda.

pedro antônio de oliveira

Tempos modernos



Sinto saudade de quando a vida era menos tecnológica. Parece que havia mais tempo para tudo, principalmente para estar com as pessoas de uma forma mais sincera. Esses avanços vieram para aproximar ou aumentar as distâncias? O prazer de conversar sem pressa, de olhar no olho e de sentir o silêncio. Hoje o mundo anda muito barulhento e a avalanche de informações chega até nós sem que a gente queira direito.

Ontem mesmo, na academia (Há quanto tempo não aparecia por lá!), conversava com meu amigo Thiago sobre isso. Ele me perguntou se não fico atordoado com tanto ruído, com tanta notícia, com o excesso de informação? Será que é possível filtrar e selecionar só aquilo que nos é importante? Talvez, sim, mas tudo depende de uma mudança de postura.

Por que sentimos necessidade de provar o tempo inteiro para os outros que somos os melhores, os mais bem-sucedidos ou os mais felizes? Isso cansa! Quem é que não gostaria de morar para sempre nos álbuns do Facebook? Eu queria! Por lá, é tudo quaaaase perfeito. Os relacionamentos em família, as viagens, o trabalho... Ninguém tem chefe chato, ranzinza ou ditador. Ninguém discute com a mãe ou com o irmão. Ninguém sente inveja ou tem ataques de crueldade com o próximo. Todos são angelicalmente bonzinhos e amigos-mais-que-amigos. Deus vendo!

Por outro lado, preciso destacar: a cada dia, proliferam postagens nada a ver de nossos coleguinhas virtuais. É cada uma, que já nem sei se choro ou dou gargalhadas. São aqueles que protestam e levantam bandeiras, assumem posturas políticas e brigam com o universo em peso. São os que adoram imagens de animaizinhos mutilados e sofredores, os que claramente só pensam em comida, os indignados com tudo e com todos, os que acham que suas vidas são tão interessantes, que postam até seus momentos menos glamourosos. Me diga se não bate uma depressãozinha ao abrir a página de sua rede social e se deparar com alguém no hospital, levando soro na veia, relatando em minúcias a doença de um familiar ou mesmo a morte dele. Já fico imaginando quantos riscos e tragédias me circundam. Me benzo e dou um clique para fora daquilo, tentando escapar dos infortúnios.

Sinto saudade de um tempo que não volta mais. Tomara que um dia a gente se canse de todo esse circo e volte a viver o mundo real. Podemos avançar na tecnologia, não podemos retroceder como seres humanos. A internet e outros tantos recursos do mundo moderno estão à nossa disposição para o bem. Precisamos ser mais autênticos, mais maduros. É possível fazer bom uso das ferramentas de comunicação, que evoluem a todo instante. Não é possível continuar mentindo para nós mesmos.

pedro antônio de oliveira

27.11.14

Me fala de coisas bonitas...


Eu sou daquele tempo, daquela rua, daqueles amigos. Quem é que podia correr livremente pelos quintais? Todo mundo, ora. E, no mundo, os muros ainda não separavam as pessoas.
E os anjos, como nós, brincalhões, ralavam os joelhos com a gente
e quebravam suas asas para nos proteger. 
Hoje, o maior risco é riscar da lembrança pessoas queridas. Afinal, parece tão fácil se distrair com 
os assuntos sérios de gente grande. Eu também corro esse perigo, apesar de não ter crescido. 


Os amigos: eu, Renata e Eveline. Bem atrás, Rodrigo, correndo. Década de 1980.

Se não estou enganado, a primeira bike da rua (e daquela turma) foi uma Caloi vermelhinha, da Kátia; depois, veio a da Eveline, uma Cecizinha dourada, um charme. A minha era uma Caloi azul (céu), 
que ganhei de aniversário; quase morri de emoção.

Os aniversários memoráveis. Este foi na casa da Eveline. O ano: 1988.

Na foto acima, posso ver e sentir saudade: Gleice, uma das poucas amigas queridas que ainda vejo, Elke (será que é assim mesmo que se escreve?), Eunice, Rodrigo (de pirulito na boca), Renata, Deivison (de pirulito na mão), Marcela, Nilton (Tó), Eveline e... chiii! Esqueci o nome da ruivinha, prima da Eveline. Mereço perdão? 
Claro que sim, pois este post saudosista denuncia que a idade está chegando.

Clique e assista ao vídeo:



"E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade
Alegria e amor..."

"Bola de meia, bola de gude" (Milton Nascimento)

pedro antônio de oliveira

9.10.14

Outros tantos milagres



Um feliz encontro em Alagoas, durante minhas férias: 
as crianças de São Miguel dos Milagres. 
Uma escola na praia e o recreio bem diante do paraíso.
E ainda estamos debaixo de uma árvore gigante. Percebe?
A vida é ou não é especial?




Com essas embarcações, é possível visitar as piscinas naturais de São Miguel dos Milagres.
O município fica a 86 km da capital de Alagoas.

Antes, São Miguel dos Milagres se chamava Nossa Senhora Mãe do Povo, até que um pescador encontrou uma imagem de madeira, coberta de algas. Depois de limpá-la, descobriu que se tratava da figura de São Miguel Arcanjo. E o mais incrível, uma ferida que o pescador tinha havia muito tempo, e que não cicatrizava de jeito nenhum, ficou totalmente curada.
A história do milagre se espalhou. 
Daí o nome: São Miguel dos Milagres.

pedro antônio de oliveira

Atitude


Se é o amor que o rege...
No escuro, vaga-lumes. 
Sob o sol, a sombra. 
Na chuva, o arco-íris. 
No frio, um coração 
aquecendo as escolhas.

Não querer sozinho
é jamais andar sozinho,
é nunca ser sozinho.

pedro antônio de oliveira

Rubinho para a meninada

Quem acha que já cresceu vai virar criança de novo, ouvindo o CD Inventa, de Rubinho do Vale. As letras e a sonoridade das músicas vão levar você a um mundo de sensações. Foi assim comigo. Depois de um dia daqueles, coloquei os fones de ouvido, fechei os olhos e mergulhei na energia revigorante do novo trabalho do talentoso violeiro, cantador e compositor, nascido no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

Rubinho brinca com os ritmos brasileiros e as canções folclóricas, passeando pelo frevo e pelas marchas. As participações de Mônica Horta e Regina Mori são um espetáculo à parte. Que vozes! Daniel do Rap, o gari artista da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU), e o garoto Petros de Barros também cantam no CD.

O CD vem numa espécie de livrinho. As letras das músicas são todas ilustradas. Um barato!

O meu veio com dedicatória e tudo! Legal, né?!


Site do Rubinho do Vale. Clique.
Leia mais sobre Rubinho do Vale. Clique.
Sobre o lançamento do CD Inventa. Clique.

pedro antônio de oliveira

18.3.14

De poesia, de magia e de canção


O mundo tá mudando muito rápido
E não temos muito tempo pra pensar
Eu me lembro quando tudo era pequeno
As casas coloridas e as pessoas a passar.

Por que complicar tanto a vida?
Se no fim, todos querem se amar...

"simples" wilson sideral

15.2.14

Poesia nas alturas

Só ficarão sabendo da minha verdade
E alguns segredos
Alguns poucos
Alguns míseros anjos loucos. 
(Dora de Oliveira em Voos Diversos - página 23)


Debaixo desta cidade
Desta cidade muda
Os homens esperam
Migalhas e milagres. 
(Dora de Oliveira em Voos Diversos - página 35)

A escritora e poeta Dora de Oliveira lançou o livro Voos Diversos. É sua primeira obra completa depois de publicar em duas antologias. Recebeu menções honrosas no Prêmio Mundial de Poesia Nósside, mas, com modéstia, considera-se ainda "uma aprendiz" no mundo literário. Para escolher o repertório de Voos Diversos, ela recorreu a métodos bastante democráticos: submeteu seus escritos ao público leitor, por meio das redes sociais. Os poemas mais curtidos pelos internautas foram parar no livro, para que agora você possa voar em deliciosos versos. Sua poesia contempla a vida nas coisas simples: a mãe que se foi e deixou um vazio, a flor que baila movida pelas asas de um passarinho ou o início de um grande amor. Leia, logo abaixo, um bate-papo com a autora.    


ENTREVISTA COM DORA DE OLIVEIRA

Voos Diversos presenteia o leitor com uma escrita leve,
reflexiva e autobiográfica

Quando surgiu o gosto pela escrita?
Com certeza, na infância. Nasci numa cidade do interior. Meu pai era auxiliar de uma professora no Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). Para alfabetizar os adultos, eles recebiam um material didático e livros com histórias muito interessantes. Lembro-me de uma que li incansavelmente, "Epaminondas". Comecei a ler com seis anos, auxiliada por minha irmã mais velha. Naquela época, fui considerada uma leitora precoce.

Sofreu influência de familiares e amigos que escrevem?
Sim, do meu avô materno. Ele era um homem calado, falava o mínimo possível. Vivia dentro de seu mundo. Escrevia sobre situações de tristeza ou sofrimento vivenciadas por ele mesmo. Um dia, estava brincando com meus primos e minha irmã, quando ele, de longe, do alto da varanda, espiava a cena com um lápis na mão. Ele me chamou e me passou aquele lápis. Mais tarde, entendi a metáfora: o lápis era um bastão.

O prazer pela leitura foi o primeiro passo para se tornar escritora?
Sem sombra de dúvida, mas não me considero uma escritora. Talvez seja ainda uma aprendiz. A leitura permite que façamos viagens inesquecíveis. Quando leio, transporto-me para o lugar onde o romance ou a história acontece.

Já publicou outros livros?
Tenho poemas publicados em duas antologias italianas, advindos das menções honrosas que recebi no Prêmio Nósside (reconhecido pela Unesco), e um poema publicado em uma antologia, em São Paulo. Voos Diversos é o primeiro, tenho outro preparado que deverá se chamar Voos Noturnos. É lamentável o autor independente ter de enfrentar tantas dificuldades para publicar uma obra, pois a produção tornar-se algo bastante oneroso.

Em 2012, Dora publicou o poema
"Uma sombra de mim" na obra Antologia de Ouro

Como surgiu a ideia de publicação dos poemas nas redes sociais?

Antes de entrar no Facebook, enviava meus poemas aos amigos por e-mail. Então alguém sugeriu que eu começasse a publicá-los lá. Com o tempo, fui percebendo que ali era mesmo um bom lugar para que eles fossem avaliados pelos leitores. E foi assim que pensei Voos Diversos: concebê-lo de poemas que receberam bastantes curtidas e comentários. Assim, creio que ele está, de certa forma, respaldado pelo público.

A leitura e a escrita são para você formas de terapia?
Sim. Costumo dizer que me trato por meio das leituras que faço e do que escrevo, o que não deixa de ser uma forma de refletir sobre o cotidiano, sobre a vida.

A escrita salva?
Posso afirmar que sim, salva. A arte, como um todo, é um santo remédio para inúmeros males.

Como é seu processo de escrita? Há algum ritual para se inspirar? 
Escrevo a qualquer hora. Uma vez estava chegando à minha casa, descia uma rua cheia de árvores e me surgiu um poema. Busquei na bolsa uma caneta e não a encontrei. Peguei meu batom e, num pedaço de papel, escrevi. Já acordei de madrugada para escrever. Hoje utilizo o recurso de gravar no celular; portanto, se me virem andando em círculo na rua e falando sozinha, tenham certeza de que estarei compondo.

Alguns escritores profissionais afirmam que a escrita é mais transpiração do que inspiração. Isso porque, quando há prazos, é necessário se concentrar na técnica e no esforço de criação, independentemente de qualquer insight divino. Você concorda com isso?
Para mim, com certeza, é mais inspiração. Depois que escrevo, dificilmente altero o que escrevi. Meus poemas são livres. Às vezes, um ou outro parece enquadrar em algum conceito poético. Mas, na maioria das vezes, preservo a forma em que foi escrito, mantendo o efeito das disposições de palavras. Gosto muito da escrita com sonoridade.

Escreve também crônicas e contos?
Arrisco, de vez em quando, uma crônica. Mas esse ofício demanda mais tempo e concentração.

Quais são seus autores prediletos?
São vários. Em primeiro lugar, Guimarães Rosa, com sua poética do sertão, indispensável a todos nós. Depois, Carlos Drummond, Adélia Prado, Maiakovski, Leminski, Érico Veríssimo, Raduan Nassar, Emily Dickson, Jorge Amado, Adonias Filho, Fernando Sabino, Cruz e Sousa, Carolina de Jesus, Ariano Suassuna, Os irmãos Campos, entre outros.

O que você costuma fazer nas horas vagas?
Ler, nas horas vagas e não vagas. Sair para lugares de muito verde, subir a Serra do Cipó. Vou à Serra desde 1986 e não me canso de sua beleza.

O que podemos fazer para despertar nos outros o gosto pela leitura, sem esperar do poder público ações ou projetos grandiosos? Veja o exemplo da Borrachalioteca de Sabará (MG), em que uma oficina se transformou em ponto de leitura.
Tudo começa em casa. As crianças vendo a família com um livro nas mãos com certeza vão desejá-lo. Em muitos momentos, as pessoas acabam se espelhando em nós. Faço amigos dentro de metrô e de ônibus por estar lendo. Então, o primeiro passo é mostrar ao outro a importância da leitura, sem ser pedante. Outras iniciativas que estão aí e são imensamente válidas são os pontos de leitura, criados de diversas formas estimulantes e criativas. Cito o próprio retorno da ação do ponto de leitura da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU). Vários leitores surgiram por termos os estimulado. Conheço inúmeras experiências em seminários dos quais participei como mediadora de leitura. Na época, conheci a Borrachalioteca, inclusive, ganhadora de importantes prêmios.


Para entrar em contato com a escritora Dora de Oliveira, 
mande um e-mail para torremagica@gmail.com.


pedro antônio de oliveira

25.1.14

O provocador Rubem Alves

Oi, pessoal. Hoje vou compartilhar alguns vídeos do educador e escritor Rubem Alves. Vale a pena assistir. Suas palavras nos fazem refletir sobre muitas coisas interessantes. Ah, e uma dica: leia os livros dele. São ótimos. Imagine só passar uma tarde inteira batendo um papo com o Rubem. 


Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4

"Minha filosofia pode ser resumida em duas frases latinas: 'Tempus Fugit': o tempo foge, passa, tudo é espuma... E 'Carpe Diem': colha cada dia como um fruto saboroso que cresce na parede do abismo. Colha hoje porque amanhã estará podre." (Rubem Alves)

"Sonho em ter tempo para aprender a vagabundear." (Rubem Alves)




pedro antônio de oliveira

30.12.13

É agora



Este é um bom momento para recomeçar, rever os amigos e reacender antigos sonhos. Ler mais. Atualizar mais vezes este blog com algum conteúdo interessante. Desejo estar mais perto de quem gosto. Correr mais devagar. E correr mais riscos também. Ver aquelas fotos guardadas numa caixa. Pois lá há rostos que já se foram. Pode ser que eu mate a saudade, reviva minha história. A vida de hoje vai apagando as lembranças, você já percebeu? No meu caso, há capítulos marcantes girando como folhas secas em um furacão. Quero voltar a ser aquele menino, mais leve, mais viajante, mais colorido. Será que consigo? Será que ele ainda vive? Será que ele se perdeu? Quero tomar sol no canudinho e menos vitamina D em gotas. Caminhar na tarde. A vida boa voa, na velocidade de um cometa. Embora existam poderosas dores, maldades, invejas e sustos, eu posso corajosamente atravessar o túnel. O ano de 2013 foi imenso, com delicadas conquistas e uma perda gigante. É assim. Desde que a gente nasce, perde-se muito, ganha-se muito. E nos tornamos valentes; e nos tornamos cansados. Sempre acho que a tristeza pode nos matar. Engano. A tristeza não mata. O que mata é o nada, o não sentir. Cheguei, apesar de tudo. Você também chegou. Comemore. É sempre importante chegar. Nem tudo foi divertido.Venci toneladas de crueldades embutidas em sorrisos. Ainda luto contra elas, sorrindo também; o que fazer? Tive de suportar o insuportável. Ainda tenho; o que fazer? Lá na frente será mais bonito. É no que eu acredito. Acredite também. Isso se chama esperança.

Feliz 2014! 

pedro antônio de oliveira

30.11.13

Caçadores de bons exemplos

Imagine largar tudo para trás e sair por aí em busca de histórias e pessoas que transformam o mundo em um lugar melhor para se viver. Loucura ou coragem? Existe um casal que fez isso, botou o pé na estrada e já percorreu mais de 170 mil km por terra, mar e ar.

Conheça a Iara e o Eduardo. Desde 2011, eles já conferiram de perto mais de 800 projetos em esporte, educação e cultura. As ações de solidariedade são contadas no blog da dupla.
Clique: Caçadores de bons exemplos.
Leia mais sobre eles: Clique aqui.


pedro antônio de oliveira

Até me lembrei de uma canção de que gosto muito sobre um menino que também decidiu mudar o rumo de sua vida. Ele recebeu ajuda de uma fada:

Era uma vez
Um menino normal que vivia muito bem na sua casa
Com empregadas, carros e brinquedos.

Levava o tempo sempre vadiando
Com seus amigos muito normais
Até que um dia foi dar de encontro
Com uma fada nem boa nem má.

E dessa vez
O menino normal que vivia muito bem perdeu o jeito
Que sempre teve de fugir das coisas.

Abriu o cofre onde estava guardado
O seu cansado coração
E se entregou de vez sem demora
Pra aquela fada nem boa nem má.

E saiu pelo mundo
Pelo braço da fada
Que ensinou o menino
Como viver pra viver.

Os amigos antigos
E a velha empregada
Inventavam histórias
Para explicar e mentir.

Mas dessa vez
O menino normal está vivendo muito melhor
Porque aprendeu que nada morre, tudo tem um jeito.

Usa seu tempo vivendo feliz
Com pouca coisa pra chatear
Sem empregadas, carros e brinquedos
Poucos amigos, pouco interesse
Em coisas bobas que não fazem parte
Da sua fada nem boa nem má.


"Essas coisas acontecem sempre" ronnie von / zé rodrix 

23.11.13

Pode contar com a gente

Hoje, sábado (23 de novembro), é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. Personagens queridos da garotada também ficaram carequinhas como forma de apoiar e resgatar a autoestima dos pequenos guerreiros que sonham em ficar bons logo.



Ah, e não se esqueça da Campanha Vamos ajudar o Davi.

pedro antônio de oliveira

15.11.13

Força, amiguinho!

O Davi Schuts de Oliveira precisa da nossa ajuda:
 receber de presente uma medula novinha em folha.
 O sonho do Davi é ser médico. Que tal a gente dar uma mãozinha?

Esse é aí é o campeão Davi há alguns meses

Para ser um doador, é muito fácil.
 Basta ir a um hemocentro
 e realizar um teste de compatibilidade. 
Conheça o passo a passo para se tornar um doador. Clique aqui.
Entenda o que é o transplante de medula óssea. Clique aqui.

O Davi é uma comédia. Será uma careta ou uma trapalhada?

Compartilhe a página Vamos ajudar o Davi no Facebook.


A família do Davi fez um montão de panfletos divulgando a história.
A cada dia, o Davi ganha novos amigos que estão torcendo muito por ele.
 Clique nas imagens para ampliar.

pedro antônio de oliveira

11.11.13

O Anjo do Gueto de Varsóvia

Quem foi que disse que os anjos não existem? Veja só! Irena Sendler foi uma mulher muito corajosa. Ela salvou 2.500 crianças judias, durante a Segunda Guerra Mundial. Foi assim: Varsóvia, que é a capital da Polônia, tinha sido invadida pelos alemães em 1939. Daí, os judeus foram obrigados a morar em uma área limitada, um lugar que recebeu o nome de "Gueto de Varsóvia". A Irena, naquela época, era assistente social e já ajudava famílias pobres. Por isso, ela conseguia entrar e sair de vários locais como se estivesse apenas trabalhando. Muitas vezes, ela fazia de conta que estava encaminhando pessoas doentes para ambulâncias. Mas, na verdade, ela aproveitava para esconder as crianças que poderiam ser mortas pelos nazistas. Esperta, ela usava maletas, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacos de batatas e até caixões. Um dia Irena foi descoberta e fizeram um tanto de maldade com ela. Quando estava sendo levada para ser morta por um soldado, aconteceu um milagre. O carrasco havia recebido dinheiro dos amigos de Irena. Então, ele fingiu que iria matá-la, mas a libertou. Colocaram o nome dela na lista de mortos. E os nazistas, enfim, desistiram de pegar Irena. Ela continuou sua missão usando um nome de mentirinha: Jolanta. Muitos anos depois de o pesadelo de guerra ter acabado, adultos reconheceram o anjo que os salvou, vendo fotos de Irena nos jornais. Sim, porque ela passou a ser homenageada por tudo de especial que fez. Irena viveu de 15 de fevereiro de 1910 a 12 de maio de 2008.


Saiba mais sobre Irena Sendler. Clique:

pedro antônio de oliveira

2.11.13

Oreosvaldo em noite de gala

Minha primeira noite de autógrafos foi no dia 30 de setembro, na Academia Mineira de Letras. Quando o ilustrador Maurizio Manzo apareceu, eu já havia distribuído um monte de dedicatórias nos "Oreosvaldos". É que ele chegou só um pouquinho atrasado. Garante que a culpa foi do trânsito. Ah, Maurizio! Mas deu tudo certo e houve tempo suficiente para a alegria. Eu reencontrei tantos amigos... Foi inesquecível. 
Mais fotos no Face.

Clique nas fotos para ampliar.

pedro antônio de oliveira

Pelos caminhos de Otto

Estou lendo o ultrabacana Otto, livro da escritora, bibliotecária e radialista,  Rosaly Senra. Com sua coleção de carrinhos e usando a imaginação (é claro!), Otto visita lugares inimagináveis. 
As ilustrações de Carla Irusta são charmosíssimas. 
Aposto que ficou com vontade de pegar carona nessa história. 
Então, está esperando o quê?


No dia 17 de outubro, a Rosaly me entrevistou em seu programa Universo Literário, na Rádio UFMG Educativa. (Ela é uma graça!)
Eu falei sobre o meu mais recente livro, Oreosvaldo, o Pássaro das Sombras. Quer ouvir? Clique aqui.

pedro antônio de oliveira

Boa ideia!


Faz um bom tempo que estou querendo publicar a cartinha da leitora Maria Clara. Ela leu o Metade é verdade, o resto é invenção, meu primeiro livro. Disse que adorou. :) Bem, ela me deu sugestões incríveis para um próximo  livro.  Será que é uma história de terror ou de ficção científica? (rsrsrs).  Não importa. Achei simplesmente o máximo dos máximos! 
Beijoquitas, Clarinha!! I love you, chuchu!

pedro antônio de oliveira

22.9.13

Noite de Autógrafos


CONVITE

Espero por você no dia 30 de setembro, a partir das 19 horas, na Academia Mineira de Letras. O endereço é Rua da Bahia, 1466, Centro, Belo Horizonte, MG. Será uma Noite de Autógrafos muito especial, com a presença de grandes autores das Editoras Lê, Abacatte, Compor e Semente. Eu e o ilustrador Maurizio Manzo estaremos autografando o "Oreosvaldo, o Pássaro das Sombras".



pedro antônio de oliveira

21.9.13

Longe do cais


Não foi no mar
Repleto de peixinhos
Que o sonho naufragou.

Foi no agarrar de penduricalhos arredios
Desnecessários ao coração.

pedro antônio de oliveira

14.7.13

Alegria nota 10!

No dia 12 de julho, eu visitei o Colégio Franciscano Santo Antônio, da Rede Clarissas Franciscanas, em Curvelo, Minas Gerais. A escola é enorme e tinha tanta câmera e tanto celular apontados pra mim que, por um instante, me senti o Neymar. Não sabia pra onde me virava pra fazer pose.


Recebi trilhões de abraços, distribuí dedicatórias nos livros, conversei com todo mundo em um auditório gigante, tomei um delicioso café com pão de queijo e saí pelo pátio afora, comandando uma pequena e colorida bagunça.



E, pra guardar de recordação aqueles momentos, a gente tirou fotos.
Um beijão e muito obrigado! 
Levo no coração o carinho de vocês.

pedro antônio de oliveira

5.6.13

Solano Trindade e Dandara


Dandara em:
Poesia negra do povo

Outro dia descobri um poeta que, além de escrever textos lindos, ainda consegue fazer a gente refletir sobre um montão de coisas superlegais. O nome dele é Solano Trindade. Incrível, ele foi um artista completo! Ator, teatrólogo, pintor, folclorista e um grande herói da resistência negra, Solano fundou, em 1936, a Frente Negra Pernambucana e o Centro de Cultura Afro-Brasileiro, pra divulgação dos intelectuais e artistas negros da época. Não é um barato? Em 1934, participou do I e do II Congressos Afro-Brasileiros, em Recife e em Salvador. Ele morou também em Belo Horizonte; depois foi pro Rio Grande do Sul; e, em Pelotas, criou, com a ajuda do poeta Balduíno de Oliveira, um grupo de arte popular bacanérrimo. E, por lá, difundiu lindos poemas afro-brasileiros.

Solano era Pernambucano. Nasceu em 24 de julho de 1908 no bairro de São José, no Recife. Seus últimos dias ele passou no Rio de janeiro. Despediu-se da gente no dia 19 de fevereiro de 1974. Chiii... eu nem era nascida. Mas o importante é que hoje crianças, feito eu, podem conhecer sua arte e se encantar com seus versos fortes e bonitos, como estes aqui:

Tem gente com fome

Trem sujo da Leopoldina 
correndo, correndo
parece dizer...


Tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome.

Piiiii...

Estação de Caxias
de novo a dizer
de novo a correr ...

Tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome.

Vigário Geral
Lucas
Cordovil
Brás de Pina
Penha Circular
Estação da Penha
Olaria
Ramos
Bom Sucesso
Carlos Chagas
Triagem, Mauá.

Trem sujo da Leopoldina
correndo, correndo
parece dizer...

Tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome.

Tantas caras tristes
querendo chegar
em algum destino
em algum lugar.

Trem sujo da Leopoldina
correndo, correndo
parece dizer...


Tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome.

Só nas estações
quando vai parando
lentamente começa a dizer.

Se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer.

Mas o freio do ar todo autoritário
manda o trem calar.


Psiuuuuuuuuuu.


Solano tinha razão. Tem tanta gente com fome, fome de tudo, se quer saber! Fome de escola de boa qualidade, fome de emprego digno, fome de saúde, fome de respeito, fome de justiça social, fome de igualdade de direitos. Sem contar a fome de carinho, a fome de amor, a fome de honestidade e a fome de paz. Nunca vou me esquecer do apito desse trem: “tem gente com fome, tem gente com fome, tem gente com fome...”.
Aproveite e leia os outros microcontos da Dandara: 
Visite também o blog do Clayton Ângelo.

pedro antônio de oliveira

24.5.13

Oba! Novos contos da Dandara!

Dandara em:
De mãos dadas 


Em 1960, crianças negras não podiam frequentar escolas nos Estados Unidos. Aposto que agora seu queixo caiu! Verdade! Foi preciso que a Suprema Corte Americana mandasse as escolas públicas aceitarem alunos negros. Daí, no dia 14 de novembro daquele ano, uma menina de seis anos, chamada Ruby Bridges, foi toda feliz à escola, em Nova Orleans, nos Estados Unidos. Porém, pasme! Seu queixo vai cair de novo: ela teve de ir escoltada por policiais federais, senão, nada feito! Isso porque a polícia local se recusou a protegê-la. E sabe por que ela necessitava de proteção? Porque, todos os dias, a garotinha enfrentava uma multidão enfurecida, que a insultava e até a ameaçava de morte, só pelo fato de ser negra. O povo gritava, balançava os punhos cerrados, simulando socos, e querendo esfolá-la viva. Você consegue entender isso? E tem mais: como se não bastasse, antes de Ruby chegar ao colégio pela primeira vez, os pais das outras crianças entraram nas salas e, em protesto, retiraram seus filhos do local. Pra completar, os professores se recusaram a dar aula pra ela; menos uma: o nome dela era Barbara Henry. Graças ao carinho dessa educadora, a nossa pequena guerreira conseguiu assistir às aulas durante um ano. E, quase quarenta anos mais tarde, sua história foi contada aos americanos em um documentário transmitido pela televisão. Foi num domingo, 28 de janeiro de 1998. Apesar de tanto sofrimento, Ruby Bridges não guarda mágoas de seus agressores e disse que perdoa todos eles. Ruby é um grande símbolo da luta pela igualdade e respeito entre os seres humanos.

Dandara em:
Capoeira, arte e alegria!




Eu adoro capoeira! Sabe, eu tenho um amigo, o Glauber, que é capoeirista, e dos bons! Um dia fui assistir a uma apresentação dele. Foi então que eu quis aprender mais sobre essa arte, e ele me contou que foi um mestre que o inspirou, o Mestre Pastinha, de Salvador, na Bahia. Divertido o nome, não acha? 

Eu fiz uma pesquisa e descobri que Vicente Joaquim Ferreira Pastinha nasceu no dia 5 de abril de 1889. Nossa, quanto tempo! Ele aprendeu capoeira sozinho. Isso mesmo, não frequentou escola de capoeira nem nada. Uau! 

Ainda criança, vivia apanhando de um menino da rua dele, que era mais velho e mais forte. Bastava Pastinha ir à mercearia e o danado do garoto surgia que nem fantasma, pronto pra guerra. E Pastinha, que era de paz, não revidava, só corria pra casa, pra chorar na cama, que é lugar quente. 

Certa vez, um senhor africano, chamado Benedito, viu tudo de sua janela e pensou: “Isso não pode ficar assim, vou dar uma mãozinha pra aquele garoto!”. E foi o que fez. Pastinha começou a aprender com ele, passo a passo, todas as técnicas de capoeira. Mestre Benedito aconselhava: "Não provoque o tal pirralho, mostre a ele, bem devagarinho, o quanto você é capaz.”. 

As dicas deram certo! E, na última vez que o briguento atacou Pastinha, o encrenqueiro levou um susto de quase fazer xixi nas calças. Pastinha o impressionou com um golpe incrível de capoeira, sem machucá-lo, é claro. Resultado: o tempo foi passando e os dois acabaram se tornando grandes amigos. Nada de violência, restaram respeito e muita admiração um pelo outro. 

Pastinha virou mestre e formou seguidores da Capoeira Angola no Brasil. Ele usou métodos muito interessantes, e o talento dos alunos explodiu em criatividade. A cultura africana saiu ganhando, com a capoeira alegrando gerações, como uma linda expressão artística. 

Pastinha criou o Centro Esportivo de Capoeira Angola. Gente famosa passou por lá, como o escritor Jorge Amado. E não foi só isso, Pastinha publicou o livro Capoeira Angola, pra defender a capoeira como arte e não como um jogo violento. 

Mesmo escrevendo uma bonita história de vida, o querido mestre terminou seus dias meio esquecido pelas pessoas. Que pena! Cego e indefeso, ele morreu aos 93 anos, em 13 de novembro de 1981. Mas ele continua vivo nas rodas de capoeira e no coração dos seus admiradores. No meu também! 


Você sabe o que é a Capoeira Angola? 




A palavra capoeira vem do tupi-guarani, que significa "o que foi mata", mistura dos termos ka'a ("mata") e pûer ("que foi"). Tem a ver com a mata rasteira do interior do Brasil, onde existia a agricultura dos índios. Capoeiristas que fugiam da escravidão usavam a vegetação rasinha
 pra se esconderem dos capitães do mato. 

A capoeira é a expressão da cultura brasileira que mistura arte marcial, esporte, tradição popular e música. Criada no Brasil por descendentes de escravos africanos, com influência indígena, é caracterizada por golpes e movimentos rápidos e complexos, utilizando chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias no chão e no ar. 

Uma característica que faz a capoeira diferente da maioria das 
artes marciais é a musicalidade, que eu amo!


Aproveite e leia os outros microcontos da Dandara: 
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pedro antônio de oliveira

11.5.13

Mãe: palavrinha amor




Oi, mãe!
Te dou flores e o meu coração,
orações e um desejo especial:
Que um anjinho bem sapeca,
bem atento
e amoroso,
proteja você pra mim.


Hoje eu peço a Deus que faça felizes todos os filhos, mesmo aqueles que não podem, porque suas mães foram para longe, para um lugar mais bonito. 

E também peço a Deus que faça felizes todas as mães, mesmo aquelas que não podem, porque seus filhos foram para longe.

E que Deus faça mães e filhos compreenderem que nada no mundo separa de verdade mães e filhos.

pedro antônio de oliveira

9.5.13

No encalço


A menina chorona 
vai de carona,
secando suas lágrimas 
ao vento,
distraindo-se com a paisagem,
passa o tempo;
repetindo pra si mesma:
Ser feliz?
Eu tento.
E olha que 
consegue.
A menina chorona
não sabe,
mas a felicidade 
a persegue.

pedro antônio de oliveira

30.4.13

Desencontro


Sou talvez a visão que alguém sonhou
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou.

florbela espanca

19.4.13

A lua no cinema


A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.

Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!

Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.

A lua ficou tão triste
com aquela história de amor
que até hoje a lua insiste:
— Amanheça, por favor!

paulo leminski

5.4.13

Molhança



A chuva anoiteceu de tarde. 
A chuva e seu brilho prateado. 
A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. 
A chuva destroçou os guarda-chuvas. 
A chuva durou muitos dias. 

arnaldo antunes e josée bisaillon